Pé diabético do idoso

De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, 33% da população brasileira com idade entre 60 e 79 anos tem diabetes ou alguma alteração relacionada à glicose.

Por isso, é muito importante que o especialista em podologia geriátrica possua amplos conhecimentos sobre o assunto e conheça bem a forma de tratar os pés de idosos acometidos pela doença.

Alguns problemas encontrados nos pés não acarretam maiores danos nas pessoas saudáveis, mas nos diabéticos podem levar a complicações mais sérias.

Se não tratados, pequenos ferimentos são capazes de evoluir para celulite, abscesso e gangrena. Umas das complicações mais temidas da diabetes é a perda de uma perna ou de um pé: de todas as amputações não traumáticas, 51% ocorrem em diabéticos em virtude de complicações relacionadas à doença. Na maioria dos casos, isso pode ser evitado com tratamentos e prevenção.

A falta de sensibilidade protetora, conhecida como neuropatia motora, também é uma complicação do pé diabético e permite que as pessoas tolerem calçados desconfortáveis, tornando-as propensas a sofrer traumas, fraturas e doenças articulares. A neuropatia motora causa, ainda, a disfunção muscular intrínseca do pé, resultando em deformidades como dedos em garra o em martelo e subluxação das articulações metatarsofalângicas. As consequências são a formação de áreas de pressão anormal, bem como de calos e ulcerações na região plantar.

No que diz respeito às ulceras, no pé diabético elas geralmente são causadas por uma cominação de fatores, como neuropatias, pequenos traumas, infecções, alterações ungueais, entre outros. As úlceras isquêmicas tendem a ocorrer mais comumente ao longo dos dedos e na face dorsal do pé, e não na superfície plantar

(PAPARELLA, 2003).

Fonte – Podologia. Técnicas e especializações podológicas.